A Importância do Contador no Processo de Recuperação Judicial de Empresas

26/03/2024

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Com o aumento da crise do Brasil, o contador passa a desempenhar um papel fundamental na recuperação de empresas com problemas financeiros graves, seja durante processos de recuperação judicial, extrajudicial ou falência.

Sua expertise garante a transparência, organização e confiabilidade das informações financeiras

Destacamos abaixo os seguites itens:
1. Diagnóstico preciso da situação da empresa:

Análise profunda da saúde financeira: O Contador examina demonstrativos, balanços e fluxos de caixa, fornecendo um retrato preciso da situação da empresa.
Identificação das causas das dificuldades: Através de sua análise, o profissional determina os fatores que levaram a empresa ao seu estado atual, como inadimplência, má gestão ou custos excessivos.
Avaliação da viabilidade da recuperação: O Contador determina se a empresa possui condições de se recuperar e retornar à saúde financeira.
2. Elaboração do Plano de Recuperação Judicial:

Plano sólido e viável: O Contador elabora um plano que detalha as medidas que a empresa tomará para superar suas dificuldades, incluindo reestruturação da dívida, pagamento de credores e medidas de corte de custos.
Projeções financeiras confiáveis: O plano é sustentado por projeções financeiras precisas, que demonstram a capacidade da empresa de se recuperar e honrar seus compromissos.
Negociação com credores: O Contador auxilia na negociação com credores, buscando soluções que sejam justas para ambas as partes.
3. Atuação como auxiliar do Juízo e do Administrador Judicial:

Fornecimento de informações precisas: O Contador mantém o Juízo e o Administrador Judicial informados sobre a situação da empresa, através de relatórios periódicos e demonstrativos financeiros.
Execução do Plano de Recuperação Judicial: O profissional auxilia na implementação do plano, garantindo o cumprimento das medidas previstas e monitorando seus resultados.
Gestão da crise: O Contador oferece suporte na gestão da crise, orientando a empresa sobre as melhores decisões a serem tomadas.
4. Tranquilidade e confiança para os credores:

Transparência do processo: A atuação do Contador garante que os credores tenham acesso a informações precisas e confiáveis sobre a situação da empresa.
Maior segurança jurídica: A expertise do profissional contribui para a segurança jurídica do processo, evitando contestações e impasses.
Melhoria na comunicação: O Contador facilita a comunicação entre a empresa e seus credores, promovendo um ambiente de diálogo e colaboração.
5. Preservação de empregos e da atividade econômica:

Superação das dificuldades: A recuperação judicial evita a falência da empresa, preservando os empregos e a atividade econômica.
Retomada do crescimento: Com a reestruturação, a empresa pode voltar a crescer e gerar renda para seus stakeholders.
Benefícios para a sociedade: A recuperação judicial contribui para o desenvolvimento da comunidade local e para o bem-estar da sociedade como um todo.
Empresas que podem se beneficiar da Recuperação Judicial:

Empresas em dificuldades financeiras: Empresas que estejam em situação de insolvência, ou seja, que não conseguem arcar com seus compromissos financeiros, podem se beneficiar da recuperação judicial.
Empresas com potencial de recuperação: A empresa precisa ter potencial para se recuperar e retornar à saúde financeira.
Empresas com boa imagem no mercado: Empresas com boa imagem no mercado podem ter mais chances de obter o apoio dos credores na recuperação judicial.
Requisitos para entrar em Recuperação Judicial:

Estar em situação de insolvência: A empresa precisa estar em situação de insolvência, ou seja, que não consegue arcar com seus compromissos financeiros.
Ter apresentado pedido de recuperação judicial: A empresa precisa apresentar um pedido de recuperação judicial na Justiça.
Ter um plano de recuperação judicial viável: A empresa precisa ter um plano de recuperação judicial viável, que demonstre como ela pretende se recuperar e honrar seus compromissos.
Passo a Passo da Análise de Empresas que precisam da Recuperação Judicial

Diagnóstico de Empresas em Recuperação Judicial: Um Roteiro Detalhado
O diagnóstico preciso de uma empresa em recuperação judicial é a base para um processo eficaz e bem-sucedido. Este roteiro detalhado oferece um guia completo para realizar um diagnóstico abrangente, abrangendo os seguintes aspectos:

1. Análise Profunda do Histórico da Empresa:

Histórico financeiro:
Demonstrações financeiras dos últimos 5 anos (DRE, Balanço Patrimonial, Demonstração do Fluxo de Caixa).
Identificação de tendências e anomalias.
Análise de indicadores financeiros (liquidez, solvência, rentabilidade).
Histórico operacional:
Volume de vendas, produção e custos por período.
Evolução dos indicadores de desempenho (produtividade, qualidade, eficiência).
Análise da cadeia de valor da empresa.
Histórico societário:
Estrutura societária da empresa e seus controladores.
Identificação de possíveis conflitos de interesse.
Análise do histórico de litígios e processos judiciais.
2. Avaliação da Situação Atual da Empresa:

Análise da situação patrimonial:
Ativos e passivos da empresa (circulantes e não circulantes).
Identificação de ativos ociosos ou subutilizados.
Avaliação da capacidade de geração de caixa da empresa.
Análise da situação econômica:
Endividamento da empresa (dívidas vencidas e a vencer).
Capacidade de pagamento das obrigações.
Negociação com credores e análise de seus interesses.
Análise da situação legal:
Cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias.
Riscos de litígios e processos judiciais.
Análise do plano de recuperação judicial apresentado.
3. Identificação das Causas das Dificuldades da Empresa:

Fatores internos:
Gestão inadequada (estratégica, financeira, operacional).
Falhas nos processos e controles internos.
Investimentos mal planejados ou ineficientes.
Fatores externos:

Mudanças no mercado (competição, regulamentação, tecnologia).
Crises econômicas ou setoriais.
Desastres naturais ou eventos climáticos.
4. Elaboração de um Plano de Ação Estratégico:

Definição de objetivos e metas:
Superação das dificuldades e recuperação da saúde financeira.
Reestruturação da empresa e otimização de seus processos.
Negociação com credores e pagamento das dívidas.
Desenvolvimento de estratégias:
Redução de custos e otimização de recursos.
Aumento da receita e diversificação de fontes de renda.
Reestruturação da dívida e alongamento dos prazos de pagamento.
Implementação do plano de ação:
Definição de responsabilidades e prazos para cada ação.
Monitoramento e acompanhamento dos resultados.
Ajuste do plano conforme necessário.
5. Considerações Importantes para o Diagnóstico:

Auditoria independente:
Contratado para avaliar a situação da empresa de forma imparcial.
Aprofundamento da análise em áreas específicas.
Maior confiabilidade das informações coletadas.
Participação de especialistas:
Consultores financeiros, advogados e outros profissionais.
Visão holística da situação da empresa.
Elaboração de um plano de recuperação mais eficaz.
Atualização constante do diagnóstico:
Monitoramento constante da situação da empresa.
Adaptação do plano de ação às mudanças no cenário.
Aumento das chances de sucesso da recuperação judicial.
O que o judiciário exige para conceder o Pedido de  Recuperação Judicial
Para conceder a recuperação judicial a uma empresa, o judiciário normalmente exige que a empresa atenda a certos critérios e cumpra determinados requisitos legais. Aqui estão alguns dos requisitos comuns que o judiciário pode exigir:

Demonstração de Insolvência: A empresa deve comprovar que está em situação de insolvência, ou seja, que não consegue pagar suas dívidas vencidas.

Regularidade Fiscal: A empresa deve estar em dia com suas obrigações fiscais, incluindo o pagamento de impostos e contribuições previdenciárias.

Registro Legal: A empresa deve estar regularmente registrada e operando de acordo com as leis comerciais e empresariais aplicáveis.

Tempo de Atividade: Dependendo da legislação local, a empresa pode ser obrigada a comprovar que está em atividade há um determinado período de tempo antes de poder solicitar a recuperação judicial.

Apresentação do Plano de Recuperação: A empresa deve elaborar e apresentar um plano de recuperação que detalhe como pretende reorganizar suas finanças, pagar suas dívidas e retomar suas operações de forma sustentável.

Comprovação de Viabilidade Econômica: O plano de recuperação deve demonstrar que a empresa tem condições de se recuperar financeiramente e continuar suas atividades de maneira lucrativa após a concessão da recuperação judicial.

Aceitação dos Credores: O plano de recuperação deve ser aceito pela maioria dos credores da empresa ou, em alguns casos, pelo judiciário, que pode homologar o plano mesmo sem o consentimento unânime dos credores.

Transparência e Prestação de Contas: A empresa deve concordar em fornecer informações financeiras detalhadas e prestar contas regularmente ao judiciário e aos credores durante o processo de recuperação judicial.


Fonte: Jornal Contábil